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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O meu perfil, de Padre e artista.

De nome próprio Manuel Armando Rodrigues Marques, nasceu na freguesia de Vale-Maior, concelho de Albergaria-a-Velha। Adoptou o seu pseudónimo artístico:de Marques surgiu Marcos; Vale-Maior, Do Vale. Frequentou o Seminário de Aveiro e o Seminário Maior dos Olivais, em Lisboa, aqui concluindo o Curso de Teologia. Em 1965 foi ordenado sacerdote e, ao longo dos anos, além de sacerdote de várias paróquias, foi também professor numa Escola Secundária. Desde 1990 que paroqueia Aguada de Baixo, do Concelho de Águeda, e Avelãs de Caminho, do Concelho de Anadia. desde os tempos de estudante, tomou parte em várias organizações teatrais, demonstrando uma apetência natural pelas artes do palco. Assim, tendo estudado Psicologia e demonstrando a intuição por tudo quanto se relaciona com o mistério do Homem, sobretudo nas suas dimensões interiores, procurou penetrar um pouco mais nesses segredos com um estudo apurado e, quase fortuitamente, contactou com a ciência e arte da Hipnose que desenvolveu na teoria e na prática. Entrou nos festivais e concursos, tendo obtido, na Figueira da Foz, por três vezes, o melhor lugar em Hipnose. É possuidor de Carteira Profissional de artista de Variedades, desde 1974, é membro da A.P.I. (Associação Portuguesa de Ilusionismo) e do Clube Mágico Português. tem percorrido o nosso país e vários países estrangeiros (como Estados Unidos, Canadá, Alemanha; Suíça ; França) actuando, com sucesso, em espectáculos promovidos pelos mais diversos sectores da vida cultural, artística, recreativa e beneficente, o que o tornou num artista conhecido nacional e internacionalmente, facto que já foi divulgado por diversos canais de Televisão. Enfim, alia, nos seus espectáculos, o saber, a arte e a boa disposição, tendo contribuído para o bem-estar e boa disposição de milhares de pessoas que já assistiram à demonstração da sua capacidade de pisar o palco.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

RTP 1 Jornal da tarde 17-08-2009. Entrevista

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

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Lago Leman - Suiça

Texto publicado na edição do Expresso de 12 de Julho de 2009

Por amor a Deus e à hipnose, no palco e no altar Padre Armando Marques “Quando temos o dom, temos de o pôr cá fora”, diz o padre Armando Marques, que, na sacristia, mostra os truques do seu pseudónimo, o mágico hipnólogo Marcos do Vale Na Igreja, não há confessionário. O padre Armando Marques não gosta de caixas fechadas e prefere ouvir os paroquianos numa conversa olhos nos olhos. Diz ter o dom de saber ouvir e orientar. É tudo uma "questão de comunicação". "Costumo dizer que sou padre no palco e artista no altar", confessa aquele que é tão conhecido como Armando Marques, o padre, como Marcos do Vale, o mágico que hipnotiza pessoas por esse país fora. Para ele, "a hipnose é um diálogo entre duas pessoas inteligentes: uma que se deixa orientar e outra que orienta". E rapidamente me convida a entrar no jogo. De pé, à sua frente, fecho os olhos e deixo o corpo relaxar. "Um, dois, três" - e dá a ordem. Adiro à sugestão e balanço para um lado e para o outro como uma árvore ao sabor do vento. Sorrio enquanto o faço. Consciente. A brincadeira dura dois ou três minutos. Estive apenas sugestionada?, questiono. "A hipnose é um transe em que a pessoa entra numa espécie de sono. É um relaxar de toda a sua actividade neurológica, em que a pessoa se deixa sugestionar para determinada situação", explica. Armando Marques gosta de usar "o dom", que tem vindo a aperfeiçoar ao longo de mais de 30 anos e que chama de "intuição por tudo o que se relaciona com o mistério do Homem". Por isso, não é de estranhar que admita que no acto da confissão há "uma espécie de hipnose subjacente", no sentido em que "ajuda ao início da caminhada". Na pequena sala-escritório da residência paroquial, onde vive, em Aguada de Baixo, concelho de Águeda, conta-nos a sua história. No espaço apertado cabe uma secretária, três cadeiras e uma estante repleta de bibelôs de santos e de livros, onde não falta "O Sol da Terra", do cardeal Ratzinger. O mais novo (e único rapaz) de oito filhos de uma família humilde de Vale Maior (Viseu) encontrou no seminário a saída para um futuro melhor. Estudou Teologia e Psicologia e redescobriu-se como ilusionista e hipnólogo quando dava os primeiros passos no sacerdócio. Vira uns colegas do seminário a fazer umas brincadeiras que lhe "faziam um embaraço na cabeça" e dedicou-se a aprender mais. Tinha já três anos de padre quando resolveu enveredar pelo espectáculo, para angariar algum dinheiro para a paróquia de Cacia (Aveiro), onde pregava então. Anunciou o espectáculo, mas quando o público se apercebeu que era ele o ilusionista a sala ficou quase vazia. Ainda hoje há paroquianos que acham que ele se devia remeter à sacristia. "Os mais puritanos", diz. Mas nunca ninguém da cúpula da Igreja o proibiu de praticar as suas artes. "Quando temos um dom, temos a obrigação de o pôr cá fora. Senão, seríamos incompletos", defende. E garante: "Não o utilizo para fins menos ortodoxos." Mestre na hipnose-espectáculo, tem a carteira profissional de artista de variedades desde 1974 e foi dos primeiros a aderir à Associação Portuguesa de Ilusionismo. Assume que a sua principal actividade é a de padre e que a de mágico nunca interferiu com a profissão eclesiástica, nem mesmo quando tinha um espectáculo no Algarve e no dia seguinte tinha de celebrar missa em Avelãs de Caminho ou Aguada de Baixo. Foram muitas as directas nos anos de ribalta, depois de ter ganho por três vezes o primeiro prémio de hipnose no Festival de Magia da Figueira da Foz. Pôr as pessoas a fazer de polícia sinaleiro Aos 67 anos, já não dá para tanta agitação. O Verão está aí, e a agenda vai ficando cheia, com espectáculos marcados para arraiais e festas de santos padroeiros. Cobra um cachê de 750 euros, mas diz que metade dos espectáculos são de graça... para obras de beneficência. O número apoteótico de Marcos do Vale é sempre o da hipnose. Depois de preparar o público com truques em que encolhe cartas, multiplica dinheiro ou tira lenços da cartola, avança para o momento em que leva as pessoas para uma outra dimensão. Sempre "utilizando as suas próprias capacidades", que ele não gosta de "pôr as pessoas a fazer coisas contra a sua moralidade". Escolhe "as mais susceptíveis" e coloca-as a fazer de polícia sinaleiro ou a dançar. O espectáculo termina com um grupo de pessoas em palco a formar uma orquestra. De olhos fechados, obedecem às ordens do professor Marcos do Vale e 'tocam' um instrumento. "A multidão é a coisa mais fácil do mundo de sugestionar", diz. Armando Marques confessa que também já se atreveu fora do campo lúdico e entrou no terapêutico, sem cobrar nada. E "só uma ou outra vez quando indicado por algum médico (...) senão, não me largavam a porta", ironiza. Resolve casos como "um trauma, uma gaguez, um medo de multidões ou uma claustrofobia". Mas "não soluciono os problemas de ninguém", acrescenta. "Oriento, levando a pessoa a perceber que tem capacidades para os resolver." Para ele, a hipnose é "uma osmose entre o corpo e o espírito". E está esta osmose presente nos milagres? Cauteloso, admite que "muitos dos milagres do Evangelho são coisas psicológicas" e que "Jesus era um pregador poderoso que comunicava que a falta de saúde interior levava à falta de saúde exterior". Porém, lembra que "os milagres são também intervenções com um fundamento de fé". E há que não misturar as coisas e não fazer confusão. Milagres são milagres e, esclarece, enquanto "na hipnose terapêutica se diz a verdade, na lúdica de palco a gente faz dela um mistério... e um divertimento".
Marcos do Vale, Padre e... Ilusionista Em pleno Ano Sacerdotal, a Agência ECCLESIA continua a dar a conhecer as diversas facetas dos padres do nosso país Fernando Martins Sem truques na manga, o professor Marcos do Vale explica que o seu hobby - o ilusionismo - começou pela brincadeira nos encontros de jovens. No seu laboratório da magia, este ilusionista materializa o sonho das crianças e desperta na densidade dos adultos a alegria da vida. Nos espectáculos é o Professor Marcos do Vale, mas no reino eclesial é o Pe. Manuel Armando. Actualmente é pároco em Aguada de Baixo, Águeda, e sublinha à Agência ECCLESIA que o ilusionismo serve para "divertir os jovens e os menos jovens". Primeiro nasceu a vocação sacerdotal e, posteriormente, talvez pelos "meus 25 anos, descobri estas andanças". Esta paixão nunca mais esmoreceu. Para além da arte de «fazer aparecer e desaparecer», a voz magnética do Pe. Manuel Armando actua como íman nos disponíveis do palco. Em poucos segundos transforma-os em músicos que tocam tambores, pandeiretas, cavaquinhos, adufes, pianos, bateria; bombos; xilofones. Os escolhidos até fazem de polícias sinaleiros num palco sem carros. É o poder da mente... A sua altiva voz sobrepõe-se... Os outros obedecem. A plateia ri com os poderes do professor Marcos do Vale. As habilidades já serviram para angariar fundos para causas sociais. Neste reino da ilusão "faço desaparecer coisas que existem" porque o que "fazemos é escamotear a verdade de alguns objectos" - garantiu o Pe. Manuel Armando. No meio de tanta panóplia de instrumentos "não consigo fazer aparecer nada que não exista". Ao definir o ilusionismo, o Professor Marcos do Vale realça que esta arte "ilude o sentido da visão e audição das pessoas". Através desta arte, "conseguimos distrair a sua atenção noutro lado". O nome Marcos do Vale tem uma explicação. Aproveitou o nome do pai - Marques - que transformou para Marcos e o nome da localidade de nascimento, Vale Maior (concelho de Albergaria-a-Velha). Quando participou no primeiro festival internacional de artes mágicas, onde "entrava também o mentalismo", o Pe. Manuel Armando correu no domínio da hipnose. "Pediram-me um pseudónimo por causa das pontuações e passei a utilizar Marcos do Vale" - confessou. E acrescenta: "passou a ser este o «nome de guerra» nestas andanças". Com 67 anos de idade (6 de Outubro de 1941) e algumas décadas de artista, o Pe. Manuel Armando não contabiliza os espectáculos que faz, mas "andam lá pelos milhares". Já percorreu Portugal de lés a lés e países de vários continentes. "Vou com frequência fazer espectáculos às comunidades portuguesas espalhadas pelos diversos cantos do mundo" - reconhece. Muito para contar No âmbito das recordações, o professor Marcos do Vale sublinha que num espectáculo nos Estados Unidos da América com outro artista português a comunidade esperava alguns milhares de pessoas na plateia. O feitiço virou-se contra o feiticeiro e "actuámos somente para trinta pessoas". Às vezes, a agilidade é inimiga e "falha-se o truque", mas "remediamos a coisa para outro lado". E explica: "aquilo que falhou, faz de conta que foi um truque." Episódios caricatos... Um dia teve de actuar numa arena porque a tarde da festa era preenchida com uma vacada e o professor Marcos do Vale. "Puseram-me a actuar no meio da arena (risos) em cima de uma camioneta com os taipais descaídos". Com um sorriso nos lábios afirma: "nunca me senti tão touro como naquele dia". Só fez o primeiro truque - "as pessoas não devem ter percebido nada" - e o resto da actuação foi noutro local. Com uma agenda muito preenchida, certo dia o professor Marcos do Vale enganou-se na hora do espectáculo. Confundiu as 15 horas com as 17 horas... No final, "pediram-me uma indemnização". Com toda a naturalidade disse que podia rasgar o cheque e dar-lhes "um bocadinho desse mesmo cheque". No dia seguinte, quando foi fazer o depósito ao banco, "o cheque estava mais careca que o Santo António". (risada geral) Este artista não tem empresário porque "gosto de ser livre" e "actuar quando e onde posso". Esporadicamente, um ou outro empresário pede-lhe o seu contributo. Eles trabalham na base das "percentagens", mas o Pe. Manuel Armando gosta que as pessoas "saibam linearmente quanto recebo por espectáculo". E esclarece: "nunca recebi mais de 750 euros por espectáculo". Habitualmente, não trabalha com animais porque "dão muito trabalho e não tenho tempo para isso". As cordas, cartas, aros e bandeiras são os objectos preferidos para enganar as pessoas. Conciliar paixões O convite para os espectáculos ao Houdin (célebre ilusionista francês, 1805-1871) dos padres em Portugal deve-se a vários factores. "Sou convidado para trabalhos religiosos, mas junto o útil ao agradável" - enfatizou. Depois destas tarefas coloca o saber acumulado da "arte de palco nas festas para onde recebi o convite". Nunca teve acções de formação no ilusionismo. "Sou um autodidacta e curioso" - considera. O entusiasmo nesta área "leva-nos a progredir" e a "fazer diferente e melhor". Se a vida estiver organizada "temos tempo para tudo". No entanto, o Pe. Manuel Armando esclarece que se tiver uma actividade eclesial e um convite para um espectáculo "primeiro está a minha missão de padre". Habitualmente e com a ajuda dos colegas sacerdotes consegue satisfazer os vários pedidos. A magia e a hipnose não "são fonte de rendimento" para o Professor Marcos do Vale. Este hobby é um complemento à vida sacerdotal. Todavia, alguns espectáculos são pagos. "Um cachet justo" - confidenciou. Quando é convidado para causas solidários, o artista actua de forma gratuita. A sua magia ainda não chegou ao campo vocacional. Ainda não conseguiu aumentar o número de vocações sacerdotais. De forma peremptória diz: "isso queria eu, mas tenho procurado cativar a juventude". E confessa: "há miúdos que dizem que gostavam se ser padres para fazer aquilo que faço". (Risos) Os anos trouxeram-lhe saber acumulado nas artes mágicas. Neste braço de ferro entre o que existe e o que desaparece, o padre da diocese de Aveiro ganha, mas gosta de ensinar algumas perícias. "Ensino aos miúdos alguns truques" - afirma. Comunica a alegria de ser padre através das suas habilidades. E recorda o nascimento da sua vocação sacerdotal: "quando andava na escola primária, um padre - tinha uma mota muito velha - passava junto de nós e parava para falar connosco. Admirava aquela mota e dizia que queria ser padre para ter uma mota". Reconhece que não treina muito a não ser quando tem um aparato novo. Tem vários livros sobre os temas e vai a alguns encontros de ilusionistas. "Sabem que sou padre e respeitam-me" - salientou. Ao olhar para os seus colegas sacerdotes da diocese aveirense não vislumbra nenhum sucessor nas artes da magia. "Têm muitos dotes, mas nenhum para a arte de iludir". Não explicou como consegue «enganar» a plateia, mas confessa que é uma questão de agilidade. "Quanto mais querem ver, menos vêem". O preto é a cor dominante nos ilusionistas, mas o professor Marcos do Vale não tem uma indumentária de artista. "O fato da semana ou do Domingo é aquele que utilizo no palco" porque "não tenho dinheiro para esses fatos". Um artista simples que não utiliza também o cabeção. "Não uso desde que saí do seminário". "Há rapazes novos que saem com essa virtude do seminário, no entanto penso que não é o cabeção que nos faz padres" - frisou. Percurso de vida Entrou para o seminário em 1952 e fez todo o ciclo preparatório naquela instituição de Aveiro. Posteriormente, foi para Lisboa, para o Seminário dos Olivais, onde esteve quatro anos. Foi ordenado a 25 de Julho de 1965, na Sé de Aveiro, por D. Manuel de Almeida Trindade, falecido em Agosto de 2008. "Estive um ano na Gafanha da Nazaré, depois vim para Águeda. Estive também em Cacia durante 20 anos e agora estou em Aguada de Baixo e Avelãs de Caminho" - declarou o sacerdote. D. Manuel de Almeida Trindade, D. António Marcelino e D. António Francisco Santos foram os três bispos que teve como padre desta diocese. Nenhum destes pastores manifestou desencanto pelo hobby do Pe. Manuel Armando. "Sabem que estou a tempo inteiro como padre". E acrescenta: "sempre me incentivaram porque procuro dar testemunho daquilo que sou na Igreja".